Resumen:
ESTE ESTUDO, DE NATUREZA QUALITATIVA, TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO COMPREENDER A REPETÊNCIA A PARTIR DOS SIGNIFICADOS QUE OS ALUNOS REPETENTES DA ESCOLA PÚBLICA ATRIBUEM A ESSE FENÔMENO NO CONTEXTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA ONDE ELE OCORRE. PARTINDO DAS DESCRIÇÕES DESTES ALUNOS SOBRE SUAS EXPERIÊNCIAS DE REPETÊNCIA, ELEJO SUA FALA, COMPREENDIDA SOB A PERSPECTIVA DA FENOMENOLOGIA E DO PENSAMENTO FREIRIANO, COMO RECURSO QUE PERMITE O DESVELAMENTO DA REPETÊNCIA E DOS SEUS SIGNIFICADOS. NOS CAPÍTULOS INICIAIS, APRESENTO A REPETÊNCIA COMO PROBLEMA MULTIFACETADO, QUE REQUER UMA DISCUSSÃO CONCEITUAL. APRESENTO BREVE RESGATE DA HISTÓRIA DA REPETÊNCIA NO BRASIL, BEM COMO OS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DA FENOMENOLOGIA QUE EMBASARAM MEU PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO. DISCUTO TAMBÉM AS IMPLICAÇÕES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA NA CONSTRUÇÃO DA AUTO-ESTIMA E DO AUTOCONCEITO DO ALUNO, E OS REFLEXOS DE AMBOS NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM E NA SUA CONSTITUIÇÃO COMO SUJEITOS HISTÓRICOS. OS RESULTADOS DESTE ESTUDO APONTAM QUE A REPETÊNCIA É SIGNIFICADA PELO ALUNO COMO PUNIÇÃO E TAMBÉM COMO PROMESSA DE APRENDIZAGEM. APONTAM TAMBÉM PARA A INEXISTÊNCIA DE ESPAÇOS NO INTERIOR DA ESCOLA EM QUE NÃO SÓ OS ALUNOS, MAS TAMBÉM SEUS PROFESSORES, POSSAM FALAR. OS RESULTADOS INDICAM AINDA QUE DISCUTIR A REPETÊNCIA FOCALIZANDO APENAS SUAS CAUSAS ENCOBRE A NECESSIDADE DE ANÁLISES PROFUNDAS SOBRE A INDISSOCIABILIDADE EXISTENTE ENTRE ENSINAR E APRENDER.