Resumo:
A linguagem como distintivo do homem no mundo sempre esteve entre as grandes questões da Educação. Especialmente no que tange à formação das futuras gerações, como instrumento objetivo de um discurso que a legitima ou como reconhecimento de uma subjetividade que simboliza o meio em que vive, com base no imaginário interno. Desde o logos criador representado no discurso mitológico até a técnica moderna da virtualidade, o desenvolvimento histórico necessita da compreensão humana para significar a realidade. Nesse movimento existencial, a linguagem ora aparece como phármakon que dialoga, ora impõe conceitos universais que impedem o questionamento. A proposta do trabalho é recuperar o lugar do jovem no diálogo que emerge no interior da escola à luz da compreensão do logos que é apropriação em Heidegger. Partindo de uma releitura bibliográfica que apresenta o discurso humano como meio de explicação do mundo e do homem, com base na racionalidade, busco ouvir professores e alunos do Ensino Médio sobre a existência. Apresento a pergunta: Quem é o jovem e os desafios atuais para educá-lo? Pretendo defender o lugar da linguagem como movimento compreensivo e presença que significa a aprendizagem, assumindo a relação como projeto que revela o sentido e o outro na dualidade entre existência e essência: fundamentos do viver no mundo com liberdade e responsabilidade.