Abstract:
ESTA PESQUISA FOI DESENVOLVIDA NA LINHA PROCESSOS FORMATIVOS, DIFERENÇA E VALORES E TEVE COMO OBJETIVO DELINEAR O PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO E ACADÊMICO DO ALUNO NEGRO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA/ UNESP/ CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE. TENDO EM VISTA ESSE OBJETIVO APLICAMOS UM QUESTIONÁRIO AOS ALUNOS DA FCT/UNESP. A PARTIR DESTE QUESTIONÁRIO FOI POSSÍVEL DELINEAR O PERFIL DOS ALUNOS AFRO-BRASILEIROS (NEGROS E PARDOS), INDICANDO QUE DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO OS MESMOS TÊM RENDA FAMILIAR INFERIOR AOS DEMAIS ALUNOS; A GRANDE MAIORIA CURSOU ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO EM ESCOLAS PÚBLICAS E ENTRARAM NA UNIVERSIDADE APÓS UM MAIOR NÚMERO DE TENTATIVA DE EXAMES VESTIBULARES; POSSUEM PAIS COM MENOR ÍNDICE DE ESCOLARIDADE; UMA PARCELA ÍNFIMA DOS ALUNOS AFRO-BRASILEIROS DOMINA ALGUM IDIOMA ESTRANGEIRO; TRABALHAM UMA MAIOR QUANTIDADE DE HORAS POR DIA DO QUE SEUS COLEGAS BRANCOS; DEDICAM MENOR QUANTIDADE DE HORAS DIÁRIAS AOS ESTUDOS, EMBORA LEIAM, NA MÉDIA, MAIS LIVROS QUE OS DEMAIS ALUNOS. OS DADOS REVELARAM TAMBÉM QUE HÁ UM MAIOR NÚMERO DE ALUNOS/AS CASADOS/AS ENTRE OS AFRO-BRASILEIROS. FIZEMOS A ANÁLISE DESTES DADOS À LUZ DOS ESTUDOS DE PIERRE BOURDIEU SOBRE CAPITAL ECONÔMICO E CAPITAL CULTURAL A PARTIR DOS QUAIS BUSCAMOS COMPREENDER A DINÂMICA DO CICLO DE EXCLUSÃO SOCIAL QUE MARCA DE FORMA MAIS INTENSA OS AFRO-BRASILEIROS. POR FIM, ESSA PESQUISA COMPROVOU A NOSSA HIPÓTESE INICIAL SEGUNDO A QUAL A PRESENÇA DOS ALUNOS AFRO-BRASILEIROS NA FCT/UNESP É AINDA INCIPIENTE. ISSO REVELA, PORTANTO, A NECESSIDADE DE POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA QUE FAVOREÇAM O INGRESSO DESSES ALUNOS NESSA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR QUE NÃO ADOTOU, AINDA, A POLÍTICA DE COTAS.