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A DISFUNÇÃO FAMILIAR E SUAS REPERCUSSÕES NA FORMAÇÃO DE SINTOMAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CONTEXTO ESCOLAR SÃO ASSUNTOS AMPLOS E COMPLEXOS QUE MERECEM SER APRESENTADOS E PESQUISADOS, EM VISTA DO NÍVEL ELEVADO DE CRIANÇAS E JOVENS QUE APRESENTAM DIFICULDADES NESTE CAMPO DO CONHECIMENTO. O OBJETIVO DESTA PESQUISA FOI COMPREENDER A FORMAÇÃO DINÂMICA DO CONTEXTO FAMILIAR E SEUS REFLEXOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTO?JUVENIL E ESCOLAR. A METODOLOGIA QUE NORTEOU O PRESENTE ESTUDO FOI A DE ESTUDO DE CASO, BASEADA NOS PRESSUPOSTOS DA PSICANÁLISE. A AMOSTRA DA PESQUISA FOI COMPOSTA POR 13 FAMÍLIAS E 14 ESCOLARES, SITUADOS NA FAIXA ETÁRIA DE 10 A 15 ANOS, APRESENTANDO QUEIXAS DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM. O ESTUDO FOI REALIZADO NO SERVIÇO DE PSICOLOGIA DA UNIFIL ? CENTRO UNIVERSITÁRIO FILADÉLFIA EM LONDRINA, PARANÁ, DURANTE O ANO DE 2003. PARA COMPOSIÇÃO DOS DADOS DIAGNÓSTICOS FORAM UTILIZADOS OS SEGUINTES INSTRUMENTOS: ANAMNESE; A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA; ENTREVISTAS COM OS ADOLESCENTES; AVALIAÇÃO FAMILIAR, SEGUNDO SOIFER (1983); LEVANTAMENTO DA HISTÓRIA FAMILIAR DOS PAIS; ENTREVISTAS COM PROFESSORES E TÉCNICAS PROJETIVAS GRÁFICAS: PROCEDIMENTOS DE DESENHOS DE FAMÍLIA COM ESTÓRIAS; ELABORAÇÃO DE LAUDOS PSICOLÓGICOS; ENTREVISTAS DEVOLUTIVAS AOS PAIS E AOS ADOLESCENTES E RECOMENDAÇÕES TERAPÊUTICAS.TODOS OS DADOS FORAM ANALISADOS QUANTATIVA E QUALITATIVAMENTE. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE 35,71% DOS ESCOLARES NÃO FORAM DESEJADOS PELAS MÃES; 35,71% DOS CASOS APONTARAM A AUSÊNCIA DE UM PAI PRESENTE NO LAR. 28,57% DOS CASOS APONTARAM SEREM MÃES SOLTEIRAS E TEREM A RESPONSABILIDADE DE EDUCAR E CUIDAR DE SEUS FILHOS; 28,57% DOS ENTREVISTADOS ALEGARAM QUE A SEPARAÇÃO DOS PAIS FORA UM PROBLEMA PARA A DINÂMICA FAMILIAR. DOS CASOS ANALISADOS, 28,57% DOS PAIS ERAM ALCOOLISTAS; 21,43% TÊM EM SUA CASA UM PAI AGRESSIVO E VIOLENTO E A CRIANÇA E FAMÍLIA PRECISA CONVIVER COM A SITUAÇÃO DE CONFLITO. DAS ENTREVISTAS EXAMINADAS, 57,14% DOS ESCOLARES VERBALIZARAM PELO MENOS UMA REPROVAÇÃO ESCOLAR; 50,0% APRESENTARAM BAIXA AUTO?ESTIMA; 42,86% DEMONSTRARAM PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO COM COLEGAS NA ESCOLA E TAMBÉM 42,86% APRESENTARAM ANGÚSTIA E ANSIEDADE; 35,71% ISOLAMENTO; E 28,57% TIVERAM DIFICULDADES DE RELACIONAMENTO COM PROFESSORES; 28,57% BAIXO RENDIMENTO ESCOLAR. DISTÚRBIOS DE CONDUTA COMO A AGRESSIVIDADE SURGIU EM 57,14% DOS CASOS; EM 35,71% CONDUTA INFANTILIZADA; EM 28,57% TIMIDEZ E RETRAIMENTO E TAMBÉM EM 28,57% AUSÊNCIA DE LIMITES NA CRIANÇA. CONCLUÍMOS QUE O PROLONGAMENTO E A INTENSIDADE DOS DISTÚRBIOS NOS ESCOLARES INDICAM A FORMAÇÃO DE UM PROCESSO NEURÓTICO. AS ATITUDES INADEQUADAS DOS GENITORES FORAM AS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELA FORMAÇÃO DE DISTÚRBIOS NA CONDUTA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EM DESENVOLVIMENTO. OS PAIS DEVEM OBSERVAR ATENTAMENTE QUE A PRESENÇA DE SINTOMAS EM SEUS FILHOS PODE SIGNIFICAR PROBLEMAS EMOCIONAIS QUE DEVEM SER LEVADOS A SÉRIO, DEVEM BUSCAR ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E ESPECIALIZADA. OS DISTÚRBIOS ELENCADOS NESTA PESQUISA REFLETIRAM DIFICULDADE GENÉRICA PARA A APRENDIZAGEM ESCOLAR OU PARA A CONDUTA ESCOLAR NORMAL. |
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