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O ESTUDO TEM POR OBJETO ALGUMAS IMAGENS E OPINIÕES QUE GERAM UMA FORMA PECULIAR DE PENSAR A ESCOLA, O PROCESSO EDUCACIONAL E SEUS ALUNOS. COMO FOCO CENTRAL DE OBSERVAÇÃO, SELECIONAMOS O TERMO SITUAÇÃO DE RISCO , AMPLAMENTE UTILIZADO PARA DIFERENCIAR A SITUAÇÃO NA QUAL SE ENCONTRAM ALGUNS ALUNOS. A HIPÓTESE QUE ORIENTOU A INVESTIGAÇÃO FEITA É A DE QUE TAIS ARGUMENTOS, QUANDO CIRCULAM NA ESCOLA OU FORA DELA, COMPÕEM UM REPERTÓRIO DE OPINIÕES QUE TEM REFORÇADO A IMAGEM DA ESCOLA COMO ANTÍDOTO SOCIAL AOS RISCOS CONSIDERADOS INERENTES À POBREZA. TODAVIA, ESSA ESCOLA CONTINUA SENDO UM MARCO QUE DIFERENCIA E ATRIBUI UM DETERMINADO STATUS A ESSAS CRIANÇAS QUE CARREGAM A MARCA DA SITUAÇÃO DE RISCO . TEM-SE COMO BASE TEÓRICA MARTINS (2002,1997) LAHIRE (2004), PAUGAM (2003) E ROSEMBERG (1994,1993). QUANTO À QUESTÃO DA ESTIGMATIZAÇÃO, UTILIZAMOS ELIAS (2000) E GOFFMAN (1988,2004) E A CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA DA ESCOLA COMO ANTÍDOTO SERÁ ANALISADA SOB A PERSPECTIVA PROPOSTA POR THOMPSON (2002). PARA O TRABALHO EMPÍRICO DE OBSERVAÇÃO DA ESCOLA, UTILIZAMOS VELHO (1989) E BOURDIEU (2003). OBSERVOU-SE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E ESPECIFICAMENTE SETE ALUNOS CUJAS FAMÍLIAS SÃO CATADORAS DE LIXO E, PORTANTO, CONSTITUEM UMA PARTE DO QUE SOCIALMENTE TEM SIDO DESIGNADO COMO ALUNOS EM SITUAÇÃO DE RISCO . O PROJETO CONFRONTOU SUJEITOS HISTÓRICOS EM SEUS PRÓPRIOS AMBIENTES COM TAIS REPERTÓRIOS DE IMAGENS, DENTRO DOS QUAIS, SEGUNDO VÁRIAS OPINIÕES, OS MESMOS DEVERIAM SE RECONHECER. SUPÕE-SE, DE FORMA INCONSISTENTE E, POR VEZES, PRECONCEITUOSA, QUE O ALUNO DEVA TOMAR CONSCIÊNCIA DO RISCO EM QUE SE ENCONTRA. DEPOIS DISSO, A AÇÃO INDICADA É A DE RECEBER OS ANTÍDOTOS CONTRA SEUS PRÓPRIOS IMPULSOS : A ESCOLARIZAÇÃO, O TRABALHO COMUNITÁRIO E A PARTICIPAÇÃO, DIAGNÓSTICOS DIFUNDIDOS IDEOLOGICAMENTE COMO INSTÂNCIAS DE SALVAÇÃO DA POBREZA. |
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