Resumo:
Gestão democrática, conselhos de educação e processos de conferências com a participação da sociedade civil — estas são as questões que o Ebulição busca aprofundar nesta edição. Chama a atenção termos hoje no país processos que tencionam possíveis avanços no sentido de uma gestão mais democrática na educação: se por um lado há investimentos, por parte do Ministério da Educação, nos conselhos municipais de educação e nos conselhos de escola, este não buscou fortalecer o Conselho Nacional de Educação — justamente o mais próximo do MEC —, nem abrir um debate mais profundo sobre o papel e o poder dessas instâncias. Relacionado a isso, é importante destacar que o Ministério perdeu a oportunidade histórica de realizar a Conferência Nacional de Educação, que estava na pauta desde a gestão Cristóvam Buarque, mas que até agora não se concretizou. Para a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que lutou para que a Conferência acontecesse este ano, o Ministério ficou receoso de receber críticas dos atores sociais durante o processo de conferência, demonstrando falta de ousadia e de visão política.