Resumen:
A presente pesquisa trata das práticas de Educação Ambiental na região das bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba e Capivari, no Estado de São Paulo. O contexto sócio-ambiental da região está fortemente marcado pela problemática da água e pela parceria entreinstiruições governamentais e Organizações na Governamentais na gestão dos recursos hídricos. Dessa forma, constitui-se um campo fértil para estudar as práticas educativas ligadas à questão ambiental sob o viés da participação política. Com base nisto, a questão norteadora desta pesquisa busca averiguar sobre a incorporação da concepção de Educação Ambiental (EA) como exercício de cidadania entre as práticas educativas idealizadas fora do âmbito escolar. Portanto, seus sujeitos são as entidades ambientalistas, associações de bairro e de agricultores, prefeituras municipais, casas de agricultura, enfim o que se convencionado chamar de EA não formal (UNESCO, 1989; NOVO, 1996). A metodologia utiliza foi a pesquisa do tipo etnográfico aplicada à educação, uma vez que a intenção era buscar, nas ações e eventos de EA, os significados construídos por esses sujeitos (ERICKSON, 1984; LUDKE 7 ANDRÉ, 1986; ANDRÉ, 1995). Um dos traços que primeiro torna-se evidente é a ampla heterogeneidade de sentidos atribuídos à EA, mesmo quando seu objetivo principal está relacionado com o exercício da cidadania. Isto se explica pelo próprio fato da cidadania ganhar diversas leituras, que estão intimamente ligados a concepções ideólogicas e interesses políticos de seus agentes. Portanto, ainda que tenha a intenção de traduzir uma postura consensual, e educação para a cidadania toma, no mínimo, dois rumos: um que forma cidadãos passivos, outro que se preocupa em formar sujeitos sociais (BENEVIDES, 1994; TOURAINE, 1997). Os elementos recolhidos entre os sujeitos desta pesquisa sugerem caminhos metodológicos para trabalhos que acontecem na interface entre a educação não formal e a instituição escolar.