Abstract:
A PARTIR DA APLICAÇÃO DO MÉTODO ETNOGRÁFICO QUE ENVOLVE A OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE E A REALIZAÇÃO DE ENTREVISTAS ABERTAS, A PRESENTE PESQUISA FAZ UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS SINGULARES DE DESLOCAMENTO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS, PROVENIENTES DE DIFERENTES PAÍSES AFRICANOS, MATRICULADOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, LOCALIZADAS NA CIDADE E REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. PARTINDO DO PRESSUPOSTO DE QUE TODOS INDIVÍDUOS E GRUPOS CONSTROEM CATEGORIAS PARA SE CONHECER, CLASSIFICAR A SI E AO OUTRO, DEFININDO FRONTEIRAS ENTRE EU E OUTRO?, NÓS? E ?ELES?, O ESTUDO DÁ ENFOQUE ESPECIAL SOBRE AS REFERÊNCIAS IDENTITÁRIAS E PRÁTICAS COTIDIANAS DESTES SUJEITOS, ONDE SE BUSCA COMPREENDER COMO ESTES ESTUDANTES SE CONSTROEM, SE IDENTIFICAM E SÃO IDENTIFICADOS E AS RETÓRICAS QUE ELES ADOTAM PARA SE AFIRMAREM COMO AFRICANOS NO BRASIL. NA NOVA REALIDADE SOCIAL E FRENTE A UMA NOVA IDENTIDADE, OS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS AFRICANOS SE RECONSTROEM COTIDIANAMENTE NO JOGO DAS RELAÇÕES SOCIAIS, ACIONANDO AS SUAS IDENTIDADES CONTINENTAL, NACIONAL E RACIAL. O IDIOMA ÉTNICO, SER AFRICANO TORNA-SE UMA REFERÊNCIA QUE APRENDEM A UTILIZAR, MANEJANDO ALGUNS TRAÇOS DIACRÍTICOS E DESENVOLVENDO PRÁTICAS QUE LHES PERMITE A SUA IDENTIFICAÇÃO COMO AFRICANOS PELA POPULAÇÃO DE ACOLHIMENTO. AS FESTAS ?TÍPICAS?, A COMIDA, O TRAJE, A LÍNGUA, O SOTAQUE E O PENTEADO SÃO ALGUNS DOS ELEMENTOS SIMBÓLICOS MANIPULADOS PELOS ESTUDANTES NA CONSTRUÇÃO DE SEU DISCURSO IDENTITÁRIO