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O esforço empreendido nesse trabalho teve como objetivo discutir alguns aspectos da trajetória da Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO), procurando pressupostos que ajudassem a compreender o papel da Organização no Brasil, mais precisamente interpretá-la como um agente político de um processo com maior ressonância nas décadas de 1990 e 2000, e que culminou em 2005 com a criação da Secretaria Nacional de Juventude. Para tal, em um primeiro momento optei em tratar dois temas: a definição de cooperação internacional - no âmbito da UNESCO -; e um processo iniciado pela organização que foi denominado nos anos de 1990 como o movimento racional da descentralização. Esta iniciativa instituiu uma nova lógica de relacionamento entre os Estados nacionais e um corpus de especialistas definidos como internacional, formado, no entanto, por quadros e profissionais nacionais. Em um segundo momento, procuro discutir - por via da análise de algumas publicações da UNESCO-Brasil elaboradas no final da década de 1990 e início dos anos 2000 - como certos termos juventude-violência-cidadania e violência escolar, configurados em um "campo temático" amplo foram captados e re-significados a partir da perspectiva de elaborar políticas públicas para a juventude. Por via da análise dessas publicações foi possível observar como a UNESCO-Brasil passou a ocupar um espaço importante, sendo (re)conhecida como especialista para certos assuntos relacionados à violência escolar e à juventude. A capacidade de construir, ou catalisar um conjunto vasto destes agentes para a elaboração e a execução de Programas sociais também foi um desafio importante para a Organização. Os produtos desta operação foram: a construção de um problema social, identificado nas práticas violentas cometidas contra, mas também pelos jovens, e a elaboração de soluções e recomendações |
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