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O presente estudo consiste na avaliação dos resultados do projeto de educação ambiental intitulado convivência e parceria, implementado pelo Instituto Ecoar e pelo Instituto Crescer, ambas organizações não-governamentais. Trata-se de um projeto financiado pelo Petrobrás e desenvolvido em bairros por onde passa um poliduto da referida empresa. Nosso objetivo foi verificar as possíveis mudanças de conhecimento, as atitudes e as práticas de enfrentamento do risco cotidiano dos moradores da vila clara, um dos bairros-alvo do projeto, localizado no distrito de Cidade Ademar, município de São Paulo. Também procuramos conhecer o processo de implementação e suas dificuldades, bem como identificar a linha de educação ambiental adotada pelo projeto e sua contribuição na formação dos cidadãos. Consideramos que a avaliação é um importante instrumento de acompanhamento das políticas, programas e projetos sociais. Utilizamos como metodologia a realização de pesquisa bibliográfica e documental, entrevistas semi-estruturadas com três técnicos implementadores do projeto e grupos de discussão temática, envolvendo quinze moradores do bairro em estudo. Constatamos que as principais mudanças ocorridas na vida da população voltaram-se especialmente à ampliação do conhecimento sobre o duto e suas normas de segurança. Quanto à incorporação de novas práticas, observamos que se restringiram ao cuidado com duto. Verificamos ainda que a concepção de educação ambiental adotada no projeto contribuiu para a superação dos objetivos delimitados pela empresa financiadora. Neste sentido, não existe uma prática de educação ambiental enquanto política pública. Essas ações, assim como muitas outras na área, executadas por órgãos, tanto governamentais como não-governamentais, são medidas paliativas e compensatórias que não trazem as mudanças necessárias para diminuir ou eliminar a degradação do meio ambiente. |
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