Resumen:
A presente pesquisa tem como objetivo analisar as ações educacionais desenvolvidas pelos Agentes Comunitários de Saúde de duas Equipes de Saúde da família de Presidente Prudente. Esse programa é considerado um novo modelo de atenção básica à saúde e tem e tem uma abordagem mais humanizada e com maior poder de penetração no universo familiar, além de promover práticas transformadoras da realidade social. O referencial teórico que dá sustentação a esse estudo é o da educação popular em saúde. Optou-se pelo enfoque qualitativo, por meio de um estudo de caso, utilizando fontes bibliográficas, documentais e vivas. Consta de análise de documentos que versam sobre a implantação do programa no município e de entrevistas semi-estruturadas, cujo material foi agrupado em temas comuns e interpretado à luz do referencial teórico levantado para análise do problema. Aponta, como principais resultados, a informação de que muitos Agentes Comunitários são lançados a sua jornada de trabalho, com treinamentos precários e escasso processo de educação continuada; as ações educativas descritas, que vão desde o acompanhamento individual nas visitas domiciliares a intervenções com grupos de hipertensos, diabéticos, gestantes, ficando o foco das mesmas ainda muito preso aos programas padronizados pelas instâncias superiores do setor de saúde, com um viés prescritivo. Verificou-se que os usuários elogiam a aproximação da equipe à comunidade, reconhecem a importância do trabalho, mas solicitam mais médicos, mais remédios e menos desmontes nas equipes, já que há uma grande parcela de pessoas doentes no Brasil, que clamam por assistência e qualidade no atendimento. Conclui que, quando se reporta a atividades grupais, há uma preocupação com os programas em pauta, faltando integralidade nas ações educativas, já que essas são reduzidas a palestras. São ações insuficientes, quando se quer promover a autonomia e a conscientização da população. No entando observa-se que o Agente Comunitário de Saúde pode promover apoio social ao usuário, favorecer-lhe novos contatos, ajudá-lo no acesso a serviços de saúde. Amplia a Rede Social do paciente com empatia e solidariedade, possibilitando melhores condições de vida e saúde às pessoas, colaborando, consequentemente, na humanização do Programa Saúde da Família.