Resumen:
A presente pesquisa tem como objetivo descrever as práticas de trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) que atua na Grande Curitiba (PR), caracterizando tais práticas na perspectiva da Educação e da Psicologia Social Comunitária Latino-americana. Realizou-se um trabalho de campo, com a aplicação de 47 questionários semi-estruturados aos Agentes Comunitários de Saúde, numa cidade da Região Metropolitana de Curitiba. Foram identificadas as funções-padrão do ACS as atribuições expressas em portaria ministerial, bem como resgataram-se as legislações que permeiam o Sistema Único de Saúde a fim de que pudessem ser apontadas pelo próprio ACS como presentes em seu trabalho diário. As demais questões envolveram problemas e soluções; e os sentimentos gerados em sua prática profissional. Os resultados indicam que os ACS desenvolvem práticas mais direcionadas para as atribuições de diagnóstico e monitoramento do que para a promoção à saúde e participação popular. Aspectos tais como desvalorização funcional, discriminação por parte da equipe de trabalho e o sentimento de impotência são alguns dos grandes obstáculos cotidianos no exercício de sua função. Porém, a vontade em ajudar o próximo e a perspectiva de aprendizado na área da saúde, são fatores motivadores no seu trabalho. Verifica-se a necessidade de melhor capacitar esse tipo de profissional dentro da perspectiva da Educação Popular e da Psicologia Social Comunitária para que suas atividades alcance melhor o público a ser assistido.