Abstract:
Analisa o enfoque dispensado sobre o tema do desemprego, pelo Programa de Formação Sindical-Profissional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na última década do século XX. As transformações econômicas, políticas e sociais em ocorrência no Brasil e no mundo, configurando-se como novo padrão produtivo, em alternância ao modelo (fordista/keynesiano) que foi hegemônico até os anos de 1970, trazem como conseqüência direta aos trabalhadores, mudanças nas condições e relações de trabalho, tendo o desemprego crescente como manifestação mais explícita. Frente a isso, a Central Única dos Trabalhadores adota a estratégia política propositiva e reconfigura seu programa educativo, voltando sua prioridade a esse grave problema. Essa mudança se expressa na adoção da formação profissional e na ação sindical nos espaços institucionais que se ocupam do referido tema. Visando analisar criticamente esta problemática, o presente trabalho recorre ao referencial de análise marxista, para oferecer uma abordagem diferenciada da questão e confrontar a explicação que fundamenta aquela estratégia.