Resumen:
Nosso trabalho volta os olhos para a relação estado e sociedade no contemporâneo, tendo como objeto de observação a participação dos movimentos populares urbanos, em especial o da FAMCC, no Orçamento Popular de Teresina. Visamos verificar como se constitui uma cultura política participativa, que possibilite a educação política dos agentes sociais que tomam parte na gestão dos recursos públicos. Buscamos a compreensão da forma institucional assumida, no geral, em conceito de Estado Capitalista, sendo copiado em seu modelo menor pelo governo da Prefeitura de Teresina-PI. Tal compreensão se revela à consciência, quando se analisa a participação política da comunidade no contexto de experiências do mundo vivido - a prefeitura e seu modo específico de governo, configurada em classe dominante, leva a administração de recursos públicos na direção dos interesses maiores capitalistas. Temos como instrumento de análise, válido tanto quanto qualquer outro método da linha positivista, o Método da Economia Política, reformulado, porque, nele inserido, diferente de Marx, um terceiro elemento, a cultura, nos permitindo verificar como é assegurado o caráter excludente da comunidade, nas políticas sociais, públicas, da Prefeitura de Teresina, no espaço de elaboração e implementação do chamado ORÇAMENTO POPULAR DE TERESINA ? OPT. Em suma, este é um trabalho de pesquisa que evidencia a presença de uma cultura política participativa, no qual se destaca a possibilidade da educação ? sede ou morada do saber ? recuperar seu modo crítico-reflexivo, inserindo pessoas, grupos e classes no mundo da cidadania. Neste ponto, a educação como processo pedagógico responde a um chamado da nova ordem social. Afinal, somos homens de nosso tempo. É preciso, pois, nadar contra a corrente para ser ouvido. Pode e deve ser a educação pensada fora da escola? Achamos que sim. O que significa dizer que pensada assim, ela dará também sua contribuição para avançar estudos no interior da escola.