Exame não é ensino

Abstract

O debate que se acendeu com o posicionamento do MEC de dar continuidade à realização do Exame Nacional de Certificação de Competências da Educação de Jovens e Adultos – Encceja – traz à tona questões relevantes para o campo da Educação de Jovens e Adultos. Por um lado, o INEP diz apostar na cooperação com estados e municípios para realização de exames de qualidade, que atraiam o público e incentive-o a buscar aprendizagens relevantes para seu desenvolvimento como profissional e cidadão. Por outro, equipes técnicas de EJA nos estados, bem como o movimento dos Fóruns, que reúne educadores e gestores que atuam no campo, posicionaram-se contra a iniciativa. Argumentam que a oferta da prova vai esvaziar os programas de EJA e que não é possível ter um exame e critérios nacionais para certificar aprendizagens, dada a diversidade cultural do país.