Resumo:
ESTA PESQUISA CONSISTE NO ESTUDO DOS SENTIDOS E SIGNIFICADOS DE TEMPO DE LAZER NA ATUALIDADE, QUE PROBLEMATIZARAM UM DOS DILEMAS PRINCIPAIS NAS SOCIEDADES INDUSTRIAIS MODERNAS: A LUTA DOS SUJEITOS PELA POSSE DO SEU TEMPO EXISTENCIAL E DAS INSTITUIÇÕES PELA POSSE DAS EXPERIÊNCIAS CULTURAIS NO TEMPO SOCIAL. DIÁLOGOS FORAM ESTABELECIDOS COM 60 JOVENS, DE GRUPOS SOCIAIS DIFERENTES, CONVIVENTES NA REGIONAL CENTRO-SUL DE BELO HORIZONTE, REUNIDOS EM SETE ?GRUPOS FOCAIS?. ESSES DADOS FORAM AMPLIADOS POR MEIO DE ENTREVISTAS DE APROFUNDAMENTO, REALIZADAS COM TRÊS ADULTOS. AS INTERPRETAÇÕES PELA ?ANÁLISE DE DISCURSO?, COMO NOS ORIENTA BAKHTIN, FORAM FUNDAMENTADAS POR UM QUADRO TEÓRICO, ESBOÇADO, PRINCIPALMENTE, PELAS REFLEXÕES DE ANTHONY GIDDENS, A RESPEITO DA ?MODERNIDADE TARDIA??, E PELA SOCIOLOGIA DO COTIDIANO DE MICHEL MAFFESOLI. A INVESTIGAÇÃO EVIDENCIA QUE O TEMPO DE LAZER É CONSTRUÍDO NAS EXPERIÊNCIAS CULTURAIS LÚDICAS VIVIDAS NO COTIDIANO, AS QUAIS, SEGUNDO O DEPOIMENTO DOS JOVENS, SIGNIFICAM, PRINCIPALMENTE, ENCONTRO, PERTENCIMENTO E REPETIÇÃO CRIATIVA. NO PLANO SOCIAL, O ESTUDO APONTOU PARA O TEMPO DE LAZER REGIDO PELA LÓGICA KAIRÓS DE TEMPO E, COMO TAL, REPRESENTANDO TEMPO DE OPORTUNIDADES DE EXPERIÊNCIAS DE LIVRE ESCOLHA DOS SUJEITOS, QUE OCORREM NO CONJUNTO DE SUAS EXPERIÊNCIAS COTIDIANAS. TEMPO DE DIREITO DE TODOS QUE BUSCAM A SUPERAÇÃO DE LIMITES SOCIAIS POSTOS ÀS SUAS REALIZAÇÕES, DESTACANDO-SE OS RELACIONADOS AOS PRECONCEITOS QUANTO AO GÊNERO E ETNIA, VIOLÊNCIA, EXCLUSÃO, POBREZA, FALTA DE SONHOS, INFORMAÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS DE LAZER. REVELA O TEMPO DE LAZER COMO ÂMBITO DE CONSTITUIÇÃO DE SUJEITOS QUE, PERMANENTEMENTE, NEGOCIAM EXPERIÊNCIAS DE ALEGRIA COMO PRÁTICA DE LIBERDADE, BUSCANDO O RECONHECIMENTO DE SI, DO OUTRO E COM O OUTRO PELAS EXPERIÊNCIAS CONSTRUÍDAS COLETIVAMENTE.