Abstract:
POLÍTICAS DE IGUALDADE RACIAL COMO A AÇÃO AFIRMATIVA, AO EXIGIREM DIREITOS COLETIVOS E A IDENTIFICAÇÃO RACIAL DOS GRUPOS BENEFICIADOS, PERTURBAM NÃO APENAS A NOÇÃO MODERNA DE IGUALDADE E JUSTIÇA, SEGUNDO A QUAL A DISTRIBUIÇÃO DE BENS E POSIÇÕES SOCIAIS SERIA BASEADA NO INDIVÍDUO E EM SEUS MÉRITOS E TALENTOS NATURAIS, MAS TAMBÉM A IDEOLOGIA BRASILEIRA DA MESTIÇAGEM E DA DEMOCRACIA RACIAL, CONSTITUTIVA DE NOSSA IDENTIDADE E UNIDADE NACIONAIS, ONDE NÃO HAVERIA ESPAÇO PARA DIVISÕES OU DIFERENCIAÇÕES DE RAÇA. ANALISA-SE, ENTÃO, COMO TÊM SIDO RECEBIDAS AS EXPERIÊNCIAS DE AÇÃO AFIRMATIVA IMPLEMENTADAS NO BRASIL, ESPECIALMENTE NO ENSINO SUPERIOR, LOCAL DA EXCELÊNCIA E MERITOCRACIA. OBSERVA-SE SEU DESENVOLVIMENTO NOS ESTADOS UNIDOS, RECONSTITUINDO-SE SEU CONTEXTO HISTÓRICO, AS FORMAS ASSUMIDAS E AVALIANDO-SE ALGUNS DOS RESULTADOS ALCANÇADOS, ATRAVÉS DO ESTUDO DE CASO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA. A SEGUIR, APRESENTA-SE AS PRINCIPAIS TEORIAS NORTE-AMERICANAS E BRASILEIRAS SOBRE POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA, CONFRONTANDO-AS ÀS PERCEPÇÕES SOBRE O TEMA ENTRE ESTUDANTES ENTREVISTADOS NA CIDADE DE SÃO PAULO. PERCEBE-SE EXISTIR, PARA ALÉM DAS EXPLICAÇÕES SOBRE IDENTIDADE NACIONAL E RACISMO VELADO, MÚLTIPLOS FATORES A INFLUENCIAR E MOTIVAR OS ESTUDANTES NO APOIO OU REJEIÇÃO A TAIS POLÍTICAS.