Resumo:
ESTE TRABALHO SE PROPÕE A INVESTIGAR AS "GALERAS" VIOLENTAS DE CLASSE MÉDIA, COMPOSTAS POR JOVENS QUE SE ENCONTRAM NA FAIXA ETÁRIA ENTRE 14 E 21 ANOS. PARA SE CONHECER A REALIDADE DESSES GRUPOS, REALIZOU-SE UM TRABALHO DE CAMPO, COM A FINALIDADE DE LEVANTAR DADOS SOBRE AS REPRESENTAÇÕES E AS EXPERIÊNCIAS DE VIOLÊNCIA QUE OS ENVOLVEM. FORAM ENTREVISTADOS CINQÜENTA JOVENS, INDIVIDUALMENTE E EM GRUPOS, ALÉM DE ALGUMAS "GALERAS", ABORDADAS NOS LOCAIS QUE FREQÜENTAM, TAIS COMO PRAÇAS, BOATES E FESTAS RESIDENCIAIS. A PESQUISA TEÓRICA PROCUROU CENTRAR-SE NA TEMÁTICA ESPECÍFICA SOBRE A VIOLÊNCIA JUVENIL, PERMITINDO TRAÇAR UM PARALELO ENTRE JOVENS DA DÉCADA DE 60 E DOS ANOS 90 ATÉ 2003, SITUANDO SUAS AÇÕES VIOLENTAS A PARTIR DO CONTEXTO SÓCIO-POLÍTICO NO QUAL ESTÃO INSERIDOS. A PESQUISA MOSTRA QUE A ORIGEM DESSES GRUPOS SE BASEIA, ENTRE OUTROS FATORES, NO VAZIO DEIXADO PELA AUSÊNCIA DE PRINCÍPIOS QUE FUNDAM LAÇOS SOCIAIS ÉTICOS, ALÉM DA FALTA DE PERSPECTIVAS PARA O FUTURO. FICOU TAMBÉM EVIDENCIADO QUE OS GRUPOS VIOLENTOS CONSTITUEM UM ESPAÇO FÉRTIL DE AGLUTINAÇÃO DE JOVENS, SUSTENTANDO PRÁTICAS MARCADAS POR FORMAS PERVERSAS DE SOLIDARIEDADE E DE REGULAÇÃO SOCIAL E EMOCIONAL.