Resumen:
ESTA TESE TEVE COMO TEMA CENTRAL A FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL PARA A JUVENTUDE. O OBJETIVO GERAL FOI COMPREENDER; A PARTIR DO PROCESSO FORMATIVO PROFISSIONAL PROPOSTO PELA OFICINA ESCOLA E DO SIGNIFICADO ATRIBUÍDO A ELE PELOS JOVENS APRENDIZES; A POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO DOS JOVENS EM UMA PERSPECTIVA REAL DE TRABALHO. PARA DESENVOLVÊ-LA ADOTAMOS UMA METODOLOGIA MULTIRREFERENCIAL, OU SEJA, LANÇAMOS MÃO DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA DE CARÁTER HISTÓRICO E DA PESQUISA QUALITATIVA COM ENFOQUE ETNOGRÁFICO E ETNOMETODOLÓGICO. NA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA DE CARÁTER HISTÓRICO, PERCORREMOS O CAMINHO SINALIZADO POR RUGIU (1986), MAS COM PASSOS DIFERENCIADOS. AO CONTRÁRIO DO AUTOR QUE RESGATA UM ?FIO INVISÍVEL? NA FORMAÇÃO ARTESANAL EM ?INOVADORES PEDAGÓGICOS? DOS SÉCULOS XVIII E XIX, TAIS COMO, LOCKE, SMITH, ROUSSEAU E MARX, NÓS ENFOCAMOS O CARÁTER POLÍTICO-PEDAGÓGICO DE CADA AUTOR, INSERINDO-O EM SUA PERSPECTIVA IDEOLÓGICA. PORTANTO, SITUAMOS OS AUTORES EM DUAS PERSPECTIVAS ANTAGÔNICAS: A CONSERVADORA LIBERAL E A MARXISTA PROGRESSIVA. NA PRIMEIRA, INCLUÍMOS AS PROPOSTAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DE LOCKE, SMITH, ROUSSEAU E MANDEVILLE. NA SEGUNDA, AS PROPOSTAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DE MARX, GRAMSCI, PISTRAK E MAKARENKO. TAMBÉM RESGATAMOS OS PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO ARTESANAL DAS CORPORAÇÕES NA EUROPA, SUA TRANSPOSIÇÃO PARA O BRASIL E A IMPLANTAÇÃO DE ALGUMAS EXPERIÊNCIAS NO CEARÁ. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS IMPORTANTES FORAM ENCONTRADAS NAS CATEGORIAS DE E. GOFFMAN SOBRE ?INSTITUIÇÕES TOTAIS? E DE FOUCALT SOBRE TÉCNICAS DE DISCIPLINAMENTO. NA DIMENSÃO EMPÍRICA DA PESQUISA, UTILIZAMOS A ETNOGRAFIA E A ETNOMETODOLOGIA. PARA OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, ESCOLHEMOS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS QUE VIABILIZARAM A APROXIMAÇÃO ENTRE PESQUISADORA E OS SUJEITOS DA PESQUISA. PORTANTO, LANÇAMOS MÃO DAS TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE, COM ANOTAÇÕES EM DIÁRIO DE CAMPO, SOBRE O DIA-A-DIA DA OFICINA ESCOLA, DAS AULAS ?TEÓRICAS E PRÁTICAS?, A FIM DE ESTABELECER UM DIÁLOGO ENTRE O DISCURSO E AS AÇÕES PRÁTICAS DA EQUIPE DIRIGENTE COMO FORMA DE MELHOR OBTER A CARACTERIZAÇÃO DA DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO DA OFICINA ESCOLA. TAMBÉM APLICAMOS UM QUESTIONÁRIO COM OS JOVENS APRENDIZES, ONDE ABORDAMOS AS SEGUINTES QUESTÕES: CONCEPÇÃO SOBRE TRABALHO, AS COMPETÊNCIAS, OS CONTEÚDOS E AS HABILIDADES DESENVOLVIDAS, O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, A RELAÇÃO DA OFICINA ESCOLA COM ESCOLAS PARTICULARES E COM ESCOLAS PÚBLICAS. NA ANÁLISE DE DOCUMENTOS, INVESTIGAMOS O FOLDER DE DIVULGAÇÃO, O PLANO DE CURSO E O RELATÓRIO AVALIATIVO. TODOS ELABORADOS PELA EQUIPE DIRIGENTE DA INSTITUIÇÃO. TAMBÉM ANALISAMOS JORNAIS DE CIRCULAÇÃO ESTADUAL COM NOTÍCIAS E ENTREVISTAS SOBRE A OFICINA ESCOLA. POR FIM, ATRAVÉS DE TÉCNICAS PROJETIVAS, TAIS COMO, ANÁLISE DE LETRAS DE MÚSICAS E COMENTÁRIOS SOBRE UM VÍDEO-CLIPE, OUVIMOS E ANALISAMOS AS PERCEPÇÕES E CONCEPÇÕES DOS JOVENS APRENDIZES A RESPEITO DO AJUSTAMENTO PRIMÁRIO (CONVERSÃO), AJUSTAMENTO INTERMEDIÁRIO (COLONIZAÇÃO) OU AJUSTAMENTO SECUNDÁRIO AO PROCESSO FORMATIVO A ELES PROPOSTO PELA OFICINA ESCOLA, ASSIM COMO A VISÃO QUE ELES TÊM SOBRE ?SER JOVEM?, TRABALHO E PERSPECTIVA (SONHOS). OS RESULTADOS OBTIDOS APONTARAM CERTA AMBIGÜIDADE NO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS JOVENS POBRES. POR UM LADO, A OFICINA ESCOLA BUSCA O DESCULTURAMENTO EM ?SITUAÇÃO DE RISCO PSICOSSOCIAL?, VIABILIZANDO UMA OPORTUNIDADE DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL. ALGUNS JOVENS SE AJUSTAM A ESSE PROCESSO, OUTROS SE AJUSTAM EM PARTE, ENQUANTO OUTROS ANALISAM CRITICAMENTE O CONTEXTO E SINALIZAM OUTRA PERSPECTIVA DE FORMAÇÃO TANTO GERAL QUANTO TÉCNICA PROFISSIONALIZANTE.