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Título: | A FORMAÇÃO NO PROGRAMA DE TRABALHO EDUCATIVO DA FUNDAÇÃO PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA/RJ: POSSIBILIDADES E LIMITES DA EXPERIÊNCIA |
Autor(es): | FRANCO, Maria Aparecida Ciavatta Pantoja LESSA, Simone Eliza Do Carmo |
Palavras-chave: | TRABALHO EDUCATIVO;FUNDAÇÃO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA DO RIO DE JANEIRO |
Data do documento: | 2004 |
Editor: | UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE |
Resumo: | O PRESENTE ESTUDO ANALISA A FORMAÇÃO PROPORCIONADA AOS JOVENS ATENDIDOS PELO PROGRAMA DE TRABALHO EDUCATIVO (PTE) DA FUNDAÇÃO PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (FIA)RJ. PARA TANTO, SITUAMOS NOSSO OBJETO NO CONTEXTO DO CAPITALISMO NOS ANOS DE 1990, ESPECIALMENTE, NO QUE DIZ RESPEITO À ORGANIZAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO, ONDE DESTACAMOS O ENFRAQUECIMENTO DO MODELO TAYLORISTA-FORDISTA, DAS POLÍTICAS QUE LEVARIAM AO ESTADO DE BEM-ESTAR, A PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E DA PROTEÇÃO SOCIAL CONQUISTADA PELOS TRABALHADORES, A TENDÊNCIA À REDUÇÃO SALARIAL, ALÉM DA ASCENSÃO DAS NOVAS FORMAS DE GESTÃO DA MÃO-DE-OBRA. DISCUTIMOS O TRATAMENTO DISPENSADO, HISTORICAMENTE, À INFÂNCIA E À JUVENTUDE POBRES, ANALISANDO AS POLÍTICAS QUE PARA ELES SE VOLTAM E A INTEGRAÇÃO DO PTE/FIA A ESTE CONTEXTO. DESTACAMOS, EM ESPECIAL, A DÉCADA DE 1930, QUANDO A CHAMADA QUESTÃO SOCIAL SE TORNA ASSUNTO DE INTERVENÇÃO MAIS SISTEMÁTICA DO ESTADO BRASILEIRO, CHEGANDO AOS ANOS DE 1990, COM A PROMULGAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA). PASSAMOS, ENTÃO, A DISCUTIR A CATEGORIA FORMAÇÃO QUE É CENTRAL EM NOSSA ANÁLISE. ESTA CATEGORIA É ATRAVESSADA POR CONTRADIÇÕES QUE REVELAM A SUA DIVERSA APROPRIAÇÃO PELO MODO CAPITAL: FORMAR NUMA PERSPECTIVA INTERESSADA OU NUMA OUTRA PERSPECTIVA, NA INTENÇÃO DA AMPLIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES HUMANAS. SITUANDO ESTAS POSSIBILIDADES, DISCUTIMOS A FORMAÇÃO NA PERSPECTIVA DA POLITECNIA E DA POLIVALÊNCIA, APONTANDO ESTA ÚLTIMA COMO A MAIS PRÓXIMA DA AÇÃO FORMATIVA IMPLEMENTADA NO PTE. POR FIM, APRESENTAMOS OS DADOS EMPÍRICOS DA PESQUISA, DETALHANDO, A PARTIR DAS ENTREVISTAS E DE NOSSA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, ASPECTOS QUE APONTAM PARA A FORMAÇÃO NO PROGRAMA. DENTRE OS MAIS IMPORTANTES, DESTACAMOS O APRENDIZADO EM SERVIÇO, OS CURSOS E OFICINAS E A RELAÇÃO ENTRE SUPERVISOR E BOLSISTA. CONCLUÍMOS COM A IDÉIA DE QUE O MODELO DE FORMAÇÃO PREDOMINANTE É O QUE REMETE À POLIVALÊNCIA MAS, NA EXPERIÊNCIA, ESTA ASSUME ASPECTO AINDA MAIS EMPOBRECIDO, POR SE CONSTRUIR ESPECIALMENTE SOBRE O TRABALHO SIMPLES. CERTAMENTE ESTE QUADRO NÃO ESTÁ SEPARADO DE UM PROJETO DE FORMAÇÃO MAIS AMPLO, QUE SE VOLTA PARA OS TRABALHADORES E QUE É FRUTO DA DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. ESTE MODELO TEM NA LDB E NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE TRABALHADORES, A SUA ESTRUTURA LEGAL E SE VOLTA PARA OS JOVENS TRABALHADORES POBRES, QUE AO LONGO DE SUAS VIDAS ASSUMIRÃO AS OCUPAÇÕES MAIS SIMPLES. POR OUTRO LADO, QUANDO A EXPERIÊNCIA ACONTECE ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES MENOS SIMPLES, ALIADA AO REFORÇO ESCOLAR, AOS CURSOS E OFICINAS ? QUE NÃO DEVEM RESPONDER SOMENTE ÀS DEMANDAS DO TRABALHO, MAS ATENDER ÀS NECESSIDADES E INTERESSES DOS BOLSISTAS ? AS POSSIBILIDADES DE UMA FORMAÇÃO MENOS CONFORMADORA E CAPAZ DE AMPLIAR OS HORIZONTES E AS EXPECTATIVAS DOS JOVENS CRESCEM. |
Descrição: | BIBLIOTECA CENTRAL DO GRAGOATÁ |
URI: | http://www.bdae.org.br/dspace/handle/123456789/1069 |
Outros identificadores: | Mestrado EDUCAÇÃO MISTO |
Aparece nas coleções: | Juventude e Trabalho |
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