Abstract:
HISTORICAMENTE AS ESCOLAS DE ENGENHARIA TÊM SIDO UM CAMPO MAJORITARIAMENTE OCUPADO POR HOMENS E AS POUCAS MULHERES QUE DESTE CAMPO PARTICIPAM CONSEQÜENTEMENTE CONVIVEM COM A CONTRADIÇÃO DE SER MULHER NUM ESPAÇO SIMBOLICAMENTE CONSIDERADO MASCULINO. PARTINDO DESTA PERSPECTIVA, ESTA PESQUISA TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL ANALISAR COMO TEM SIDO COMPREENDIDA A CULTURA DA ENGENHARIA DA UFSC A PARTIR DAS FALAS DAS (OS) PRÓPRIAS (OS) ESTUDANTES PROBLEMATI ZANDO ESTA CULTURA COM AS RELAÇÕES DE GÊNEROS CONSTRUÍDAS NO ESPAÇO ONDE A FORMAÇÃO DA (O) ENGENHEIRA (O) SE PROCESSA, NESTE CASO A UNIVERSIDADE. DESTE MODO, BUSCA-SE TAMBÉM COMPREENDER AS MOTIVAÇÕES, AS INFLUÊNCIAS, AS DIFICULDADES, AS PERSPECTIVAS E AS TÁTICAS CONSTRUÍDAS POR ESTAS POUCAS ESTUDANTES MULHERES PARA LIDAREM COM SUA CONDIÇÃO DE GÊNERO NESTE CAMPO DE DISPUTA EMINENTEMENTE MASCULINO. A METODOLOGIA UTILIZADA PARA SE REALIZAR A PESQUISA COMPREENDEU ENTREVISTAS SEMIDIRETIVAS, TRABALHO DE CAMPO E OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE. A ANÁLISE PARTE DAS EVIDÊNCIAS HISTÓRICAS E EMPÍRICAS DE UM TIPO IDEAL DE ENGENHEIRO QUE A SOCIEDADE TEM PRODUZIDO/REPRODUZIDO E AS SUAS LIMITAÇÕES FRENTE ÀS POSSIBILIDADES DE MUDANÇAS QUE ESTE MODELO TENDE A ACARRETAR NA VIDA DO ESTUDANTE DE ENGENHARIA, PRINCIPALMENTE QUANDO ESTE PERTENCE AO GÊNERO FEMININO.